terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Um olhar sobre a vida




Caminhando pelas ruas do Rio de Janeiro, ele se se encantava a cada quarteirão. Não havia nada de muito especial: diversas lojas, alguns restaurantes e um grande contingente de pessoas. Nada que uma cidade grande não possuísse em condições normais.

Parecia bobo, e realmente o era, mas sabia dar um significado maior ao local. Era como um lugar em que ele podia pensar e sentir-se à vontade da maneira que achasse conveniente. Cada território por onde passava terminava ficando emblemático pra ele.

O interessante da vida é que esse sentimento nunca tenha fim. O ser humano nunca deve abdicar dos verbos sonhar, chorar e admirar. Não importa o quanto o vida seja ruim ou como o acaso não favoreça, sempre vai existir algo que se possa amar e fazer brilhar, não por alcançar objetivos, mas simplesmente por se tornar gigante por dentro; por ter o poder de amar algo. Afinal, não é qualquer pessoa que pode usar esse verbo de maneira sincera.

Todos devem ter um ideal em comum: lutar. É fundamental que a luta de cada um continue eternamente, sempre com o sangue encarnado. O que deve mudar é a história dessa batalha, pois cada um mantém sua luta com base nos seus ideais e na sua mentalidade. Ninguém deve estabelecer paralelo de vivências a outros, pois cada um tem sua própria dor e renúncia. Enfim, o ser humano pode direcionar sua luta da forma que bem entender; o indispensável é que lute sempre.

É até um pouco necessário constatar que todos esses pensamentos tão densos partiram da atmosfera que uma cidade proporcionou a ele, mas era urgente que ele deixasse isso aflorar.



Zeca Lemos